Mesmo tendo sido favorecido no início, o DOS não foi o único sistema operacional apresentado pela IBM para a plataforma PC. Dois outros sistemas foram também aprovados pela IBM oficialmente, o CP/M-86 (cujo antecessor, o CP/M-80, fora o sistema operacional dominante da geração 8 bits de microcomputadores) e o UCSD p-System.
O projeto do DOS foi baseado intimamente nas facilidades oferecidas pelo CP/M e as idéias por trás dele, e a razão principal era para fazer com que os usuários de computador acostumados com o CP/M pudessem aprender o DOS rapidamente, além de tornar mais fácil adaptá-lo aos programas já existentes para o CP/M em 8 bits.
A influência do CP/M no DOS aparece desde a sua interface de comando quando o usamos pela primeira vez, o pronto(prompt) de comando C:\>, ou como surge no no CP/M A>. O DOS também demonstra a influência do CP/M nas maneiras que lida com o usuário e como trabalha com seus programas.
O DOS foi feito tendo o pressuposto de que apenas uma pessoa estaria usando o computador e que um único usuário estaria pedindo que o computador só executasse uma tarefa de cada vez(não se poderia por exemplo, imprimir um documento e executar um outro comando ao mesmo tempo). O DOS foi feito para ser usado em um ambiente monousuário e monoprocessamento, seguindo os mais simples conceitos do uso da computação e era natural que fosse feito desta forma, pois suas raízes vieram de um sistema operacional e de máquinas de 8 bits.
A família PC 16 bits foi projetada de outra forma, e a herança CP/M limitava desta forma o DOS, por outra lado o Unix era um sistema operacional muito admirado pelas suas características, e a Microsoft tinha experiência no universo Unix, criando inclusive uma distribuição própria o Xenix. Assim quando chegou o momento de uma revisão das funcionalidades do DOS, muito da ideologia Unix foi implementado na nova versão do sistema. O resultado foi a versão 2.0 do DOS, e esta influência está presente em todas as versões depois desta e era visível a todos os usuários do DOS nos subdiretórios que eram usados para gerenciar os arquivos no disco. Esta influência se mostra ainda mais forte na estrutura interna e nos serviços oferecidos pelo sistema.
O DOS originalmente dava a cada programa o controle total do computador e de sua memória, e foi bastante complicado fazer com que as versões mais avançadas do DOS impusessem as limitações que são necessárias para que seja possível obter 2 programas rodando ao mesmo tempo no computador, o multiprocessamento.
O DOS foi primeiro na plataforma de 16 bits a ter uso bastante disseminado (e permaneceu assim por mais 10 anos). A variante MS-DOS, citada às vezes (coloquialmente) como ''Messy DOS'', foi desenvolvida a partir do QDOS, que significava literalmente "Quick and Dirty Operating System" (em uma tradução livre, Sistema Operacional Rápido e Sujo).
Os IBM-PC foram distribuídos apenas com o PC-DOS, enquanto os computadores PC compatíveis de quase todos os outros fabricantes foram distribuídos com o MS-DOS. Nos primeiros anos dessa família de sistemas operacionais, o PC-DOS era ainda idêntico ao MS-DOS. Mais recentemente, versões livres do DOS, como o FreeDOS e o OpenDOS, surgiram.
O DOS é considerado o produto que decidiu o destino da iniciante Microsoft. O MS-DOS foi sucedido por duas linhas de produtos: o OS/2 e o Windows 95. Versões mais antigas do Microsoft Windows, antes do Windows 95, eram pouco mais que uma shell gráfica para DOS, e as posteriores eram bastante integradas com o MS-DOS. É possível também rodar programas de DOS sob outros sistemas operacionais como o OS/2 e o Linux usando emuladores (máquinas virtuais).
Por causa de sua longa existência e de sua presença massiva no universo da plataforma PC-compatível, o DOS foi considerado frequentemente como o seu sistema operacional nativo.
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